Tentas prever o futuro e ser feliz a custa dele. Relembras o passado e desejas o ver voltar. Todas as memórias que te fazem sentir que apenas nesse tempo tu eras feliz. Tudo pensamentos em vão que fazem o teu corpo suar, o teu corpo tremer e a tua mente é transportada para além do que podes ver. É escuro, sombrio, frio, e nada nem ninguém te pode ouvir, por mais que os teus gritos perfurem as paredes que te separam do mundo real, tentando alcançar o outro mais próximo. Tens medo. Medo de viver o presente, de encarar a realidade, encarar os outros. Perguntas qual o sentido da vida e para que servimos se não podemos ser compreendidos nem transmitir emoções através de um olhar. É tão difícil, falar, explicar, exprimir e dividir tudo o que sentes, procurar a palavra certa, encontrar a expressão no seu rosto que te diga que ele te compreende. Estas perdida numa estrada, sem destino nem direcção, sem fim nem começo, onde o teu trajecto pára a meio, onde apenas a solidão te acompanha, onde unicamente a sombra do sol te pode ver, onde apenas as memórias te dão a coragem e a força para continuar neste circulo monótono que é a tua vida…
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